quarta-feira, 10 de abril de 2013

Loki - Arnaldo Batista - Paulo Henrique Fontenelle



Importante registro sobre um grande artista brasileiro em certo isolamento.

O isolamento que leva ao ostracismo, ou o ostracismo que levou ao isolamento... 

O documentário não apenas resgata a história do músico Arnaldo Batista, mas também faz do resgate um de seus temas. 


O reconhecimento como elemento importante no diálogo de um artista. Especialmente um artista que assumidamente diz que "não é melhor ser um normal".


O filme como os tantos documentários musicais brasileiros é um deleite aos ouvidos.


(reforçando mais uma vez a riqueza da música brasileira - vide os já comentados aqui: Tropicalia, Uma noite em 67 ou Raul, o início, o meio e o fim, este último também apresentando uma trajetória irregular, com um protagonista cheio de potencial e muito conflito envolvido)...


Além do grande trabalho de arquivo.

O diretor Paulo Henrique Fontenelle consegue apresentar o artista genial que não soube lidar com toda sua efervescência - como tantos!

Traz as pitadas do exitoso sucesso dos Mutantes, comentários sobre seu fim, as emoções intensas de Arnaldo após esse furacão e as mutações que vieram na sequência.

Desde dissolução da banda, casamentos, novos discos, depressão, acidentes, retorno, reconhecimento etc.

Interessante mosaico do mutante... E parece fazer juz à trajetória, seja no auge, na melancolia ou no saldo geral...

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