terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Além da Vida de Clint Eastwood


Definitivamente um cineasta que para mim é irregular. Capaz de filmes que considero grandes obras, principalmente pensando na filmografia recente que conheço mais,  como: Sobre Meninos e Lobos, Menina de Ouro ou Gran Torino. Mas ao lado desses vem A Troca, Invictus e agora Além da Vida...



Fui já prevenida de ser um filme polêmico de pessoas que gostaram muito, se emocionaram e das que acharam um novelão ou filme B espírita...

Ou seja, fui bem neutra e aberta.

Me deixei envolver pela história de abertura do casal, as cenas pirotécnicas de um tsunami, a experiência de quase morte da garota. 

(Aí já começam minhas dúvidas sobre o filme, pois é um pouco brega, me fazendo lembrar de Ghost com Demi Moore e Patrick Swayze).



Mas sigo firme... Surgem mais duas histórias, a de um homem que tem um dom/maldição de se comunicar com os mortos. 



E de dois irmãos gêmeos vivendo uma situação difícil com a mãe usuária de drogas e coloca em risco a guarda sob eles, situação agravada quando um deles morre em um acidente.


Essas duas histórias tem grande potencial, mas que não é muito explorado, ou é explorado da maneira mais óbvia, permitindo que o espectador esteja sempre a frente de seus passos, sabendo o que vai acontecer e sem poder fazer suas próprias considerações.


O encontro das histórias também é feito de maneira simplória, com conclusões sem graça.  Mesmo o que já é questionável de tentar dar um viés científico à possibilidade de vida após a morte, (quando fala  de pesquisas sobre experiências de quase morte), mesmo isso fica solto e raso.


E se esse ponto tivesse mais força, talvez me permitiria comprar mais a história e ser mais complacente com resoluções medianas de roteiro...


Que Clint é um bom diretor, isso não resta dúvidas, quanto à sua relação com roteiros, aí já deixa mais a desejar, pois se envolve com os temas e os questiona pouco, criando filmes bem sem graça.
Pois a questão não é de maneira alguma problemas com o tema, ou Invictus teria tudo pra me entusiasmar, mas fica longe...

Talvez o que Clint faça de melhor mesmo é voltar o seu olhar para o universo mais próximo a ele: de homens durões se deparando com situações complexas:

O pai - Sean Pen - de Meninos e Lobos que perde sua filha; o treinador de boxe de Menina de Ouro - ele mesmo - que se apaixona pela menina e pratica eutanasia em nome desse amor; o americano rude e intolerante - o próprio - que vê seus preconceitos questionados a partir da amizade com vizinhos imigrantes; etc.





E que venham outros do velho e bom cowboy!

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